sábado, 13 de dezembro de 2008


Um velho Avô disse a seu neto, que veio a ele com raiva de um
amigo que lhe havia feito uma injustiça:



"Deixe-me contar-lhe uma história.

Eu mesmo, algumas vezes, senti grande ódio àqueles que

'aprontaram' tanto, sem qualquer arrependimento daquilo que fizeram.

Todavia, o ódio corrói você, mas não fere seu inimigo.

É o mesmo que tomar veneno, desejando que seu inimigo morra.

Lutei muitas vezes contra estes sentimentos".

E ele continuou: "É como se existissem dois lobos dentro de mim.

Um deles é bom e não magoa.

Ele vive em harmonia com todos ao redor dele

e não se ofende quando não se teve intenção de ofender.

Ele só lutará quando for certo fazer isto, e da maneira correta.

Mas, o outro lobo, ah!, este é cheio de raiva.

Mesmo as pequeninas coisas o lançam num ataque de ira!

Ele briga com todos, o tempo todo, sem qualquer motivo.


Ele não pode pensar porque sua raiva e seu ódio são muito grandes.

É uma raiva inútil, pois sua raiva não irá mudar coisa alguma!

Algumas vezes é difícil de conviver com estes dois lobos dentro de

mim, pois ambos tentam dominar meu espírito".

O garoto olhou intensamente nos olhos de seu Avô e perguntou:

"Qual deles vence, Vovô?"


O Avô sorriu e respondeu baixinho:


"Aquele que eu alimento".

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